Elogio da Loucura

Erasmo de Roterdã era um sujeito sério. Trocava cartas com Thomas More (o autor da “Utopia”), e indignava-se com o que via ao seu redor. Em “Elogio da Loucura”, sua ideia era expor a hipocrisia e os absurdos reforçados, na época, pelo stabilishment católico. O problema é que o livro ficou tão bom, que até o Papa da época adorou. E o que era para ser uma facada nas consciências acabou sendo absorvido como fenômeno pop. E isso, em 1511.

A leitura hoje parece meio delirante e até tediosa em alguns trechos mas, em sua época, provocou uma revolução – se não de ideias, ao menos de estilo. E segue sendo um conteúdo bem interessante, mesmo séculos depois.