Antes de mais nada, é importante dizer que “comédia”, aqui, não significa que o texto seja engraçado – no começo do século XIV, quando Dante Alighieri escreveu sua obra, a palavra designava obras com final feliz. “Comédia” era simplesmente um antônimo de “Tragédia”. Então, não espere encontrar piadas neste livro.
O primeiro volume desta obra saiu em 1304, e o último em 1321. Na narrativa, expressada em forma poética, Dante Alighieri nos carrega em uma viagem pelo mundo dos mortos, recheada de personagens, pequenas histórias, observações, lugares e montes de alegorias, numa espécie de “sandbox” filosófico. Não é a toa que “A Divina Comédia” é considerada uma das maiores obras da literatura ocidental.
Eu, sinceramente, não achei a leitura deste livro DIVERTIDA, mas ele tem um valor cultural tão imenso – eu diria que é um MEME cujo impacto já dura alguns séculos – que sua leitura é mais ou menos um requisito básico para a vida. Se a pessoa, ao morrer, nunca leu a Divina Comédia, parece que… ficou faltando alguma coisa, entende?