Henry David Thoreau era um sujeito realmente interessante. Naturalista, pensador, um sujeito multifacetado e inteligente. Insatisfeito com a sociedade de sua época, ele ia ás aldeias indígenas desarmado para aprender com os “selvagens” e chegou a morar por dois anos no meio do mato.
Um dia, acabou preso por não pagar seus impostos – o escritor não queria dar dinheiro para um governo que, na época, aceitava a escravidão e travava uma guerra de conquista contra o México. Ficou só um dia na cadeia, mas dali saiu para escrever este livro, publicado em 1849 – uma pérola da rebeldia, livre de utopias e carregada de bom senso.
Thoreau nunca liderou um movimento de massas, nem propôs uma revolução. A revolta dele tem um sentido individual. É muito mais um grito de “basta” diante da massificação do que qualquer outra coisa.
Para mim, em uma análise meio “de boteco”, Thoreau foi o primeiro grande punk.