Arrecadação de Julho registra alta histórica
A arrecadação total das Receitas Federais no mês de Julho foi de 171,2 bilhões de reais, registrando um acréscimo real de 35,47% na comparação com Julho do ano passado.
A expressão “acréscimo real” significa que este é o crescimento do valor arrecadado, já com a subtração da inflação (calculada pelo IPCA) no período.
Mais de um trilhão
No período acumulado de Janeiro a Julho de 2021, a arrecadação alcançou a marca do 1 trilhão de reais (mais especificamente, 1 trilhão, 53 bilhões e 266 milhões de reais).
Este montante representa um crescimento real (já com a correção pelo IPCA) de 26,11% em relação ao mesmo período do ano passado.
O melhor desempenho em duas décadas
É importante observar que este é o melhor desempenho arrecadatório desde o ano 2000, tanto para o mês de Julho como para os resultados acumulados desde o início do ano.
Assim como Julho, os meses de fevereiro, março, abril e maio deste ano também foram os melhores, na comparação individual mês a mês, desde 2000.
Compensações
Houve um significativo crescimento nos valores das compensações tributárias. Este crescimento, no entanto, não significa MAIS arrecadação, e sim MENOS.
Uma compensação tributária é o que acontece quando uma empresa fez previsões otimistas de lucro, pagando IRPJ e CSLL sobre estes valores, e depois tem prejuízo ou um lucro menor do que o esperado. Ela pode, então, pedir abatimento, nos exercícios seguintes, dos valores pagos a mais.
Comparando Julho de 2020 com Julho de 2021, constata-se um aumento de 26% nos valores das compensações. E se a comparação for feita nos acumulados de janeiro a julho de cada ano, este crescimento é ainda maior, chegando a 45%.
Em valores reais, esta conta passou de 20,8 bilhões em Julho do ano passado para 26,2 bilhões em Julho. No acumulado do ano, o montante já chega a aproximadamente 38 bilhões de reais. Esse resultado deve-se principalmente aos impactos negativos da pandemia da Covid-19.
Recolhimentos extraordinários
Felizmente, os recolhimentos extraordinários também cresceram, e contrabalançaram as perdas de originadas pelas compensações.
Esses recolhimentos fora de época vêm impulsionando a arrecadação. Eles são feitos por empresas que previram lucros modestos e acabaram, no fim das contas, registrando números maiores do que os previstos, ficando então obrigadas a pagar a diferença.
Estes recolhimentos somaram aproximadamente R$ 24 bilhões em Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e em Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) no acumulado de Janeiro a Julho.
Só para fins de comparação, é preciso lembrar que o valor acumulado no mesmo período do ano passado foi de apenas R$ 2,8 bilhões.
A arrecadação no Rio Grande do Sul
A arrecadação federal na 10ª Região Fiscal (RS) totalizou, no mês de Julho de 2021, um montante de 7,6 bilhões de reais entre impostos e contribuições, representando aumento de 44,8%, em termos nominais, comparado ao recolhido em Julho do passado. Corrigido pelo IPCA, este percentual corresponde a um aumento de 32,8%.
Ou seja, o crescimento do volume arrecadado no nosso Estado ficou praticamente no mesmo patamar do crescimento dos números nacionais.
A participação do RS
A participação mensal da 10ª Região Fiscal atingiu 4,90% do total Brasil, com a arrecadação fazendária representando 4,6%, e a Previdenciária 5,82% do total nacional.