Este é o conteúdo do antigo Blog Fabio Salvador, do ano de 2004 até 2015.
      Muitos dos antigos dados foram perdidos, mas uma parte dos artigos publicados no velho site está aqui, resgatada, para consulta.
      Este é um site MEMORIAL, ele não receberá novos posts e não está aberto a novos comentários.
      Acessar
      o site
      ATUAL
      CATEGORIAS
    • Polí­tica e Reportagens
    • Reflexões e Polêmicas pessoais
    • A vida na CEEE
    • Cinema
    • Videogames
    • Carros
    • Comunicação
    • Informática
    • Entretenimento e Celebridades
    • Curiosidades
    • Falecimentos
    • Livros
    • Charges e Quadrinhos
    • 20/07/2015 - Entretenimento e Celebridades
      Tomara que Caia é bem melhor do que eu esperava que fosse

      O que é que eu posso dizer para vocês? Não, não vou detonar o programa. O novo humorístico da Globo aposta mais nos atores do que dos roteiros, colocando no ar artistas com capacidade de improviso e um tipo de atuação que arranca risos sem dizer uma palavra. é uma inovação para a emissora, e neste sentido, é um grande acerto.


       

      A Rede Globo ganhou má fama no quesito "humor" por apostar em elencos presos a roteiros não raro repetitivos. Mas esse novo, "Tomara que Caia", é um grande acerto. Trata-se de uma espécie de Game Show, no qual duas equipes de artistas encenam uma mesma peça. Uma equipe no palco, outra fora. A que está fora, vai inserindo desafios (como por exemplo, exigir que todos os adversários em cena finjam ser gagos). Quando a aceitação do público cai muito, a turma que está no palco "cai", e passa para a mesa de controle, deixando os oponentes entrarem em cena.

       

      O formato, em si, foi bem bolado. Não é exatamente original, lembra muito o de um programa norte-americano de décadas atrás. Poderia tanto resultar tanto em algo maravilhoso, como em uma coisa muito tediosa. Acabou ficando bom porque escolheram bem o elenco.

       


       

      Escolheram gente com uma expressividade perfeita para o humor. Começando com as impagáveis Fabiana Karla (a Doutora Lorca), e Heloísa Perissé (dispensa apresentações e é uma das minhas grandes musas). No lado masculino, temos o ator Marcelo Serrado (que se consagrou com o Crô), e ninguém menos que Eri Johnson e Nando Cunha.

       

      Eu não vou emitir juízo de valor sobre a também hilária Daniele Valente, e por uma razão: desde a série "Confissões de Adolescente" (de 1995!) eu sou incapaz de emitir opinião imparcial sobre ela. Mesmo se ficar parada em cena, eu aplaudo. Em 20 anos nunca consegui vencer essa compulsão. Então, vamos deixar assim.

       


       

      Os mais fraquinhos, mas ainda bons na maior parte do tempo, são Priscila Fantin (que é linda, mas ainda engatinha no humor) e Ricardo Tozzi. Têm uma atuação mais "dura", ainda não bem afiada para concorrer pela nossa atenção com o estilo-palhaçada dos outros.

       

      Enfim. A dinâmica é boa. Lá pelas tantas, chamam para dentro do palco um trio chamado "Os Barbixas", que têm jeitão de "stand-upeiros". A participação deles ainda não ficou bem coordenada, eu acho. O ponto  alto do programa, na verdade, é a participação do público e as estratégias bizarras que vão sendo usadas, muito mais por causa das consequências hilárias que elas vão tendo nas cenas.

       


       

      Claro, não seria um humorístico Global sem a participação de algo famoso que esteja bombando no momento. De modo que, lá pelas tantas, surgiu em cena...

       

      Anitta.

       

      Anitta. Vestida de policial de sex shop, com um mega-decote e a bunda ocupando meio cenário. Não que eu esteja reclamando.

       


       

      Sério. A Anitta entrou, começou mostrando que, como atriz, é ótima cantora. Mas não tentaram dar a ela um papel complexo demais, de modo que ela conseguiu se virar mais ou menos bem em cena.

       

      Não que eu ache que foi boa ideia botar a Anitta como atriz. Não. Mas não foi desastroso como imaginei que seria.

       

      Bom.

       

      Tomara que Caia é um bom programa. Tem uma fórmula inteligente e dinâmica, e o elenco escolhido é formado, em sua maioria, por gente que fica à vontade improvisando no palco. Mesmo que o texto seja óbvio e previsível. Nas cenas mais potencialmente chatas, Eri Johnson, Fabiana Karla ou Heloísa Perissé ficaram "quebrando a quarta parede", e salvando o momento. Dani Valente (e agora falo sem muita parcialidade) parece ter encarnado o papel de apresentadora, apesar de o programa não ter uma, oficialmente. Enfim. O elenco funciona. O programa funciona. Vale a pena esperar o Fantástico acabar.