Este é o conteúdo do antigo Blog Fabio Salvador, do ano de 2004 até 2015.
      Muitos dos antigos dados foram perdidos, mas uma parte dos artigos publicados no velho site está aqui, resgatada, para consulta.
      Este é um site MEMORIAL, ele não receberá novos posts e não está aberto a novos comentários.
      Acessar
      o site
      ATUAL
      CATEGORIAS
    • Polí­tica e Reportagens
    • Reflexões e Polêmicas pessoais
    • A vida na CEEE
    • Cinema
    • Videogames
    • Carros
    • Informática
    • Comunicação
    • Entretenimento e Celebridades
    • Curiosidades
    • Falecimentos
    • Livros
    • Charges e Quadrinhos
    • 02/06/2015 - Polí­tica e Reportagens
      Os políticos de ontem

      Editorial do Jornal Sexta na edição do dia 29 de Maio de 2015.

      A morte do ex-vereador Carlos Alberto, o Bebeto, levanta uma questão bem interessante sobre a política moderna: com tanto marketing e tantos manuais e livros sobre "como se eleger", até essa atividade, que deveria brotar dos anseios e sentimentos do povo, acaba virando uma coisa padronizada. Hoje existe até mesmo um curso de pós-graduação em Marketing Político.

       

      Como resultado, os políticos modernos ficam cada vez mais parecidos. Não usam expressões de baixo calão. Chamam todas as "minorias" pelo nome politicamente correto adotado, no momento, pela nossa "elite intelectual". Usam roupas que combinam perfeitamente. Falam com a entonação correta da voz. Evitam polêmicas. São bons moços. Uns picolés de chuchu, insípidos, inodoros e quase iguais.

       

      E aí, acabamos olhando para os políticos de antigamente. E concordando ou não politicamente com eles, temos que reconhecer: eram muito mais interessantes.

       


       

      Bebeto "Cabeça" Silva era um deles. Sua geração está atualmente, em grande parte, falecida, aposentada ou tentando os últimos lances no cenário, antes que as cortinas se fechem. Mas deixam saudade. São do tempo em que se subia em caixote de madeira para dar discurso improvisado. Usava-se frases de duplo sentido para chamar atenção. Encampava-se causas polêmicas porque não haviam "marketeiros" para dizer que aquilo poderia render o tal do "desgaste" com algumas parcelas da população.

       

      Quando a geração do Bebeto iniciou-se na atividade, vereador nem recebia salário e as campanhas tinham muito improviso. Hoje, a Câmara virou uma indústria, e as campanhas, superproduções. É de se refletir: evoluímos?