Parece absurdo para o cidadão comum, mas a corrida eleitoral de 2016 já começou. É que existem alguns prazos que devem ser cumpridos no período pré-eleitoral. O mais importante deles é o prazo para filiação: se alguém vai concorrer a alguma cargo, precisa estar filiado um ano antes do dia do pleito.
Então, agora é a fase na qual vemos, e veremos, a revoada de suplentes, nomes fortes e “candidatos de si mesmos” partindo de uma legenda a outra. No começo de Outubro, congela tudo: os políticos ficam onde estiverem, por pelo menos mais um ano. E se o sujeito for eleito, fica ali por mais quatro anos para não perder o mandato. Não é uma decisão fácil.
Nessas épocas, há migrações em massa de filiados, muitas vezes motivadas por pré-candidatos a prefeito: vão engordando as fileiras de pré-candidatos a vereador com os quais pretendem fazer uma dobradinha.
É também nessa época que vemos surgir aquela infinidade de partidos que só “existem” em temporada eleitoral. Podem apostar: diretórios municipais surgirão às pencas, representando siglas que a gente pensa que nunca ouviu falar... mas na verdade, ouvimos falar sim, em 2014. É muita gente querendo concorrer, e as nominatas têm tamanho limitado.
É também por essa época do ano que os ex-mandatários, atualmente com direitos políticos cassados, começam a entrar com pedidos de liminar para trancar seus processos. Tudo apostando que, lá no meio do ano que vem, estejam em condições de se candidatar. Mesmo que liminarmente, de forma fugaz. O negócio é ter a candidatura deferida. O amanhã é algo a se pensar depois.
Enfim. O povo ainda não está de olho na política. Só irá “acordar” quando a campanha tomar as ruas. Mas seria bom vigiar os futuros candidatos justamente agora, quando começam a fazer a pontaria para o “tiro” de 2016: é bom saber se o sujeito joga sujo já na largada, porque depois, toda a lama desses meses será encoberta pelo belo colorido do marketing de campanha.