Já vimos uma fotinho para vocês saberem do que estou falando... agora...
Quero começar essa lista "perto de casa", aqui no Brasil mesmo. E falarei de uma atriz que sempre interpreta gente estranha (hermafroditas, psicopatas, sadomasoquistas, etc), e que foi minha fantasia televisiva desde cedo:
Maria Luisa Mendonça.
O papel pelo qual ela me ganhou definitivamente foi o de Letícia, na série "Engraçadinha, seus amores e seus pecados",lá na metade da década de 90. A personagem é uma lésbica de carteirinha, e desde a juventude deseja sua prima. A obsessão estende-se até a fase adulta, quando ela morre por amor.
Muito branca, com olhos profundos e um aspecto algo vampiresco, Maria Luisa interpreta Letícia mais ou menos como eu imagino que seja uma Succubus, aquelas demônias que, na mitologia católica medieval, seduziam os homens na calada da noite.
Gente do céu... eu assistia ao seriado na ânsia de simplesmente vê-la na tela. Era um fascínio tão absoluto que, vinte anos depois, ainda lembro com nitidez de sua figura tétrica e irresistível na telinha.
Conhecida por fazer mulheres estranhas, doentias e sensuais em novelas, Maria Luisa depois foi fazer mulheres estranhas, doentias e sensuais no cinema nacional. E continua linda, com aquele mesmo aspecto sensual e um pouco sinistro de sempre.
E já que mergulhamos no mundo das coisas sinistras...
Elsa Lanchester, a Noiva do Frankenstein.
Bom. Um pouco de contexto: no início dos anos 1930, a Universal lançou um monte de filmes de monstro, com grande sucesso. Um deles, "Frankenstein", era estrelado pelo lendário Boris Karloff, e foi sucedido por "A Noiva do Frankenstein", no qual o cientista tenta dar vida a uma companheira para sua criatura hedionda.
E bem que ele consegue...
O monstro até que não ficou mal na parada...
Elsa, que interpreta a monstrenga, também faz o papel da escritora Mary Shelley, narrando os acontecimentos.
Gracinha.
Vamos falar agora sobre outra morta-viva...
Juliet Landau, como Drusilla, na série "Buffy a caça-vampiros"
O que se pode dizer? Juliet é uma atriz norte-americana, e ela não tem um rosto exatamente lindo. Além disso, é muito magrinha. Verdadeira campeã de natação: nada de peito, nada de bunda.
Apesar disso, existe alguma coisa de extremamente sensual em sua persona. O papel pelo qual ficou consagrado, Drusilla, da série "Buffy" só reforçou sua magia: Dru era uma menina católica boazinha e inocente até ser tragada para o mal pelo galã Angel, e aí, tornou-se uma psicopata com trejeitos de garotinha pirada. Ela depois transformaria em vampiro um poeta idiota, provavelmente fã do Billy Idol, e formaria com ele um casal.
A atriz, perfeita para o papel, tem olhos hipnóticos e seus gestos, no papel da vampira psicótica, transpiravam sensualidade. Mas não foi só lá que seu jeito de menininha boazinha mas com fogo por dentro fez-se notar: no filme "Ed Wood", ela faz o papel de uma garota bobinha do interior que sonha em virar estrela de Hollywood.
Bom.
Já que falamos de uma magrinha, falemos de uma atriz que ficou famosa interpretando uma gordinha.
Nossa lista não ficaria completa sem Renée Zellweger, interpretando Bridget Jones.
Bom. A atriz não é uma gordinha natural. Na maior parte de seus filmes, está magra, mas dificilmente consegue ser sensual estando "seca". Porque, na verdade, ela não é notavelmente bonita nem é gostosa. O que encanta em seu visual é a "carinha de bebê" que ela exibe na série "Bridget Jones", gordinha.
Com um corpo carnudo, mas não redondo, a atriz ficou muito interessante. Depois, emagreceu e fez mais um monte de papéis, mas nem de perto com a mesma sensualidade inocente dos dois filmes que a consagraram.
Na verdade, quanto mais magra ela fica, mais esquisita. Mas não um esquisito BOM, e sim, estranho mesmo.
Chega da Bridget... Renée... essa loirinha.
Nosso próximo capítulo nesta lista é outra brasileira:
Natália Klein, no papel de Nikita, do seriado "Macho Man".
O dito seriado, de humor, era sobre um cabeleireiro gay (o brilhante Jorge Fernando), que um dia, após levar uma pancada na cabeça, passa a ser heterossexual e vê sua vida virada de pernas par ao ar. Bom. Nikita trabalha no instituto de beleza, como recepcionista.
Ela não faz parte da cota de "gostosas" que toda série brasileira deve ter. Seu papel aqui é o da personagem sinistra e mais bizarra da turma, que dá o colorido e às vezes centraliza a trama do episódio. Natália Klein é uma atriz muito alta e bonita, e sua personagem é uma gótica que anda sempre de preto, com maquiagem pesada. Vira e mexe, ela revela alguma faceta de sua personalidade. Acho que é masoquista, porque mais de uma vez disse que "sentir dor é bom". Em um episódio, lá, descobrimos que ela gosta de cantar música brega, vestida como uma menina normal.
Natália Klein é, em si, uma figurinha muito atraente. Ela escreve comédia, e estrela a série "Adorável Psicose", com uma personagem não-gótica mas igualmente estranha. Ela tem um blog, igualmente esquisito.
Aproveitando a onda de sensualidade gótica vamos então para...
Helena Bonham Carter, interpretando quase qualquer papel que ela tenha feito nos últimos anos.
Carter é uma atriz bonitinha, peituda, já não tão jovem, e que se especializou em fazer papéis de mulheres perturbadoras e bizarramente sensuais. Ela fez "O Cavaleiro Solitário", como a dona de um bordel. Em "Sweeney Todd", fez uma maluca dona de uma imunda loja de tortas. Em "Sombras da Escuridão", ela fez uma cientista que estuda o vampiro Barnabas, e tenta usar o sangue dele para tornar-se imortal.
A meninada mais jovem a viu como Beatrix, uma das comensais da morte nos filmes do Harry Potter. Dá até vontade de passar para as forças do mal.
Helena Bonham Carter é isso: especialista em interpretar figuras macabras, que lembram quase sempre a atmosfera da obra do Edgar Allan Poe, com uma sensualidade irresistível. Como se ela fosse uma criatura vinda do mundo dos mortos, que causa uma certa repulsa, um pouco de medo, mas é irresistível. Quem não ficaria tentado a ser tragado para o mundo da escuridão, se fosse por ela?
Bom. Agora vamos ver…
Paulley Perrette, no papel da perita forense Abby Sciuto, no seriado "NCIS".
Esse seriado é um daqueles enlatados sobre investigação criminal, mas o que eu quero que vocês olhem agora é essa menina, responsável pelas análises químicas e demais trabalhos científicos-nerds das investigações.
O apelo é, obviamente, quase o mesmo da nossa Nikita, aquela da Natália Klein, da qual já falamos. A roupa preta está aí. Até os comentários revelando suas preferências sadomasoquistas aparecem. E ela é uma das poucas pessoas no mundo capaz de matar alguém sem deixar nenhuma evidência analisável. Não tem como não se apaixonar.
Tá. Chega de gente gótica, vestida de preto, e próxima da morte e da escuridão. Vamos falar de umas meninas boazinhas e fofinhas para dar aquela variada.
E vamos começar pela mais bizarra delas: Àstrid Bergès-Frisbey, interpretando a sereia Syrena, no filme "Os Piratas do Caribe: Navegando em Águas Misteriosas".
Ela aparece porque o pirata Barba Negra precisa de uma lágrima dela para fazer a Fonte da Juventude funcional. Syrena tem poderes mágicos, mas eles são de cura, não de ataque. Ela é inocente, uma menininha assustada diante de um monte de maldades que ela não conhecia. E apaixonada. Não tem como não adorá-la. E ela nem sempre é meio-peixe: fora da água ela cria pernas. Bem bonitinhas por sinal.
Como não achei boas fotos de corpo inteiro da personagem, aí vai, da atriz:
Continuando na linha "meninas boazinhas" (mas nem tanto), eu não poderia deixar de fora dessa lista a Bernadette, do seriado "Big Bang Theory", interpretada pela atriz Melissa Rauch.
Não sei vocês, mas na maior parte do tempo ela me atrai até mais do que a Penny. Porque a Penny é obviamente sexy, é obviamente gostosa, e essa menina é uma figura esquisita, que se veste de forma comportada, mas tem obviamente um corpão tentando explodir por baixo da roupa.
Pena que tenha uma voz tão irritante...
E só para provar isso, achei essas fotos da atriz:
Ok. Como essa lista já está bem longa e cansativa, mas eu não posso encerrá-la sem citar Christina Ricci, a Wednesday, da "Família Addams". Ela fez o papel da filha de Gomez e Morticia quando era criança, mas o goticismo e a bizarreira da personagem a perseguem até hoje.
Assim, vemos ela em vários filmes, raramente como pessoas normais ou não-macabras. A foto acima, não se assustem, é de 1999 e a atriz já não era criança. Só tinha cara de ser.