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    • 09/07/2005 - Polí­tica e Reportagens
      Feirantes terão que sair da Praça da Matriz

      Sobre as novas instalações na Praça da Bíblia, disse um arquiteto da prefeitura: “se eles não gostarem, tem duzentos na fila”.

      Matéria publicada no Jornal A Cidade de 09 de Junho de 2005.

       


       

      Os feirantes da praça da Matriz, no centro de Viamão, estão em pânico. Na quinta-feira, dia 2 de junho, foram convidados a uma reunião às 14h com pessoal da Prefeitura.

       

      Na reunião, segundo informam, foi-lhes dito que eles terão que se deslocar do local onde estão para a Praça da Bíblia.

       

      Lá, as bancas serão trocadas por contêiners metálicos em forma de cubo, ficando uma banca virada para cada lado. Cada uma das lojinhas terá 2 metros de largura por 2 metros de comprimento, bem maior do que as bancas ocupadas hoje.

       

      Para usar este espaço, os feirantes, que já pagam um alvará para operar, além dos altíssimos impostos abocanhados pelo governo, terão que pagar uma “Permissão de uso” (um novo nome para aluguel), para a Prefeitura.

       

      Se por acaso algum bandido ou desocupado arrombar ou arranhar o contêiner, o ocupante deste terá que pagar pelo conserto. Diante deste dado, os atingidos chegaram a propor que, pelo menos, a construção das novas bancas seja em alvenaria, de construção e manutenção bem mais barata, e mais resistente do que o metal. Mas não foram ouvidos.

       

      Conforme afirmou um dos comerciantes presente à reunião, inicialmente as bancas não disporiam de sistemas de abastecimento de água e nem esgoto. Diante da reclamação dos atingidos, o projeto foi revisto e um sistema de abastecimento de água individual para cada loja foi incluído. Quanto ao esgoto, funcionará da seguinte forma: os dejetos serão recolhidos em tonéis e despejados no fim do dia em uma fossa própria para isso, próxima aos novos banheiros públicos.

       

      Um dos aspectos do projeto que mais desagrada aos comerciantes é a porta de entrada das bancas, com um metro de altura.

       

      Dalcema Mattos, 65 anos, que sofre de reumatismo além de outros problemas de saúde decorrentes da idade, está assustada pois não consegue gatinhar e não poderá entrar na própria banca nessas condições.

       

      A secretária Esther Hesseling, do Desenvolvimento Econômico, diz que as bancas serão apenas temporárias, e que mais adiante os comerciantes serão transferidos para a futura Rua da Economia Popular, espaço só para esse tipo de comércio, projeto que está no papel desde o governo passado.

       

      Fernando Lanner, arquiteto e diretor técnico da Secretaria do Planejamento, diz que a praça parece um mau ponto de venda porque ainda não está totalmente pronta, mas será um local ainda muito freqüentado. Ele também alerta para o fato de as bancas hoje já serem de metal, só que improvisadas, feias, velhas, estragando o visual de uma praça com valor histórico.

       

      A Praça da Matriz então não terá mais comércio, ficando apenas como um belo espaço de lazer.