Simone Leite é candidata a Senadora pelo PP. É a tentativa oficial de Ana Amélia Lemos, de criar uma sucessora para sua cadeira no Senado, caso vença as eleições para Governadora. Oficial porque, na prática, desde o início já se sabia que uma candidata estreante teria pouca chance. Lasier Martins faz complemento melhor à colega jornalista.
Mas a candidatura desta moça é um acerto, e demonstra uma postura inteligente do Partido Progressista. É como aquela candidatura do Wambert Di Lorenzo em 2012: lança-se um nome novo ao cenário.
Partidos que estão no poder podem lançar nomes simplesmente dando-lhes cargos com algum grau de exposição. Partidos de esquerda contam com os meios estudantis, sindicais, para lançar nomes novos ao estrelato.
Mas os partidos de centro e direita, que seduzem a uma população mais velha e normalmente menos encrustada nas estruturas de base, precisam ser criativos para recrutar e lançar gente nova. Nada mais natural que pegar uma liderança empresarial como esta Simone e lançá-la, direto, a um papel de protagonista, para apresentá-la ao eleitorado. O futuro de um partido depende de sua capacidade de apresentar novos nomes e fortalecê-los.