Na segunda-feira, dia 03 de Abril (ontem), por volta das 16h, a Ideia Legislativa que pretende criminalizar a misandria atingiu (e logo ultrapassou) a marca de 20 mil apoios registrados no site do Senado. Isto significa que os parlamentares, agora, deverão pelo menos apreciar o assunto.
A Ideia Legislativa agora vitoriosa foi criada pelo goiano Lucas da Silva Ferreira, dono da página MGTOWs. Há algumas semanas, eu a encontrei com cerca de 6 mil apoios registrados e comecei a divulgá-la tendo como público-alvo não os meus amigos e seguidores (que não são muitos e talvez nem votassem), mas justamente outras páginas do universo masculino. A ideia era mobilizá-las, engajá-las na campanha.
Logo no primeiro dia deste esforço, a causa foi abraçada com muito entusiasmo por duas importantes criadoras de conteúdo: a Ketlen da página Elas por Eles e a Lady Redpill. Em seguida, aderiram o Paiva nas Ruas e a Giganta Red. Daí em diante, a onda de apoiadores da campanha cresceu de forma rápida e viral, e a votação prosseguiu de forma cada vez mais intensa.
Eu fiz publicações diárias trazendo atualizações da votação para que ela não caísse no esquecimento e para incentivar a rede de apoiadores a manter-se mobilizada, trabalhando sempre em alta rotação.
Ainda na segunda pela manhã, faltando cerca de 250 votos, eu anunciava: “acredito que conseguiremos fechar os 20 mil antes do feriado (sexta)”. Para minha surpresa, alcançamos a vitória pouquíssimas horas depois.
Os objetivos práticos da Ideia Legislativa
O projeto visa transformar em crime discursos de apologia à violência contra os homens, “piadas” e livros que pregam sua extinção, visões pseudocientíficas que que tentam classificar a masculinidade como doença, e a discriminação institucionalizada contra os homens que hoje permeia porções importantes dos ambientes acadêmico, legislativo, judiciário, governamental e midiático.
Caso seja aprovada como Lei, a medida criminalizará os discursos de ódio atualmente abundantes em páginas da internet e até mesmo na imprensa, bem como alguns livros que pregam abertamente a misandria como algo aceitável e salutar para as mulheres, bem como a narrativa supremacista de que as mulheres seriam superiores aos homens em inteligência e capacidade.
A proscrição deste tipo de discurso de ódio terá efeitos especialmente importantes para os meninos em idade escolar, que atualmente estão ficando para trás das meninas em termos de notas e de acesso ao ensino superior por conta de uma cultura que os desestimula e os incute um sentimento de culpa pelo simples fato de terem nascido do sexo masculino.

Outro grupo imediatamente beneficiado serão os milhares de homens que, a cada ano, são acusados falsamente por mulheres e têm suas vidas destruídas por conta do desrespeito à presunção de inocência que se tornou praxe da imprensa e do aparato estatal brasileiros, justamente por conta de uma “misandria do dia a dia”, com a qual as pessoas convivem sem perceber, e que precisa ser desnormalizada com urgência.
A mensagem nas redes sociais
No final da tarde, logo após sair do trabalho, escrevi uma mensagem e a publiquei nos meus perfis nas redes sociais, além de tê-la espalhado pelos principais grupos ligados a causas masculinas.
O texto é o seguinte:
É isso aí: a Ideia Legislativa para criminalizar a misandria passou dos 20 mil apoios. Nós conseguimos forçar o debate sobre o tema que, agora, deverá iniciar-se no Senado.
Temos um longo trabalho pela frente. Precisamos levantar exemplos de discurso de ódio aos homens e à masculinidade e precisamos deixar claro contra o que estamos lutando.

Temos, contra nós, coletivos poderosos que a toda hora conseguem aprovar mais e mais leis desiguais. Temos contra nós o aparato acadêmico que decidiu que a masculinidade é uma doença.
Temos contra nós a grande imprensa.
Não será uma luta fácil.
A questão é que a vitória obtida ontem já é, em si, HISTÓRICA.
Quando se começou a falar em Direitos dos Homens, em resgate da masculinidade como algo necessário e saudável, em Redpill (que, querendo uns ou não, é uma filosofia de empoderamento masculino diante de um mundo que funciona cada vez mais no polo feminino), nós éramos muito poucos.
Éramos um nicho no cantinho da internet. Na imprensa e na web, feministas radicais tiravam sarro de nós, falando em “male tears” e promovendo uma campanha de shaming a qualquer um que discordasse de suas agendas e de seus slogans, cada vez mais odiosos e anti-masculinos.
Apostavam que nunca ganharíamos força.

De fato, por muito tempo fomos apontados como uns outsiders presos em uma bolha.
Pois bem. A bolha furou.
Rompemos o “monopólio da verdade” e do “debate público válido”. Não podemos mais ser silenciados ou ignorados.
Quem está rindo agora?
O cidadão comum, a cada dia mais, percebe que há FUNDAMENTO por trás das coisas que apontamos.
Ganhamos, progressivamente, a população. O povo vai acordando. E por isso a Ideia Legislativa passou.
Um dia, quando tivermos uma bancada garantindo a real igualdade entre homens e mulheres em todos os aspectos da lei, esta data será lembrada como o primeiro triunfo da nossa causa no âmbito da política institucional brasileira.
Parabéns a todos. Sigamos na peleja.
A luta continua.