Na luta por dois projetos relacionados aos Direitos do Homens no site do Senado

Depois de muito tempo sem me envolver em nenhum tipo de ativismo consistente, resolvi voltar à arena nesta última semana.

Minha retomada da atividade política foi motivada pela entrada em votação popular de duas medidas que terão importância cabal para a luta pelos direitos dos homens nos próximos anos. Uma delas é uma Ideia Legislativa que busca criminalizar a misandria e a outra é um Projeto de Lei que diz combater a misoginia mas que será usado para calar toda e qualquer página voltada a homens a partir de uma perspectiva não feminista na internet.

Em resumo: a causa é nobre, importante e urgente. Chegou a hora de sacudir a poeira e lutar.

Abaixo, eu explico cada ponto detalhadamente.


A Ideia Legislativa contra a Misandria

Há duas semanas, me deparei com a existência de uma Ideia Legislativa visando criar uma lei que “torna crime a manifestação e propagação de ódio (Misandria) contra homens em nosso país“. O projeto é de autoria de um goiano chamado Lucas Ferreira.

Uma Ideia Legislativa é um “projeto de projeto de lei”, uma sugestão dada lá no site do Senado Federal. Quando uma Ideia Legislativa recolhe 20 mil apoios ou mais, os senadores são obrigados a pelo menos discuti-la.

Em épocas anteriores, já vi serem lançadas ILs anti-misandria e todas elas “morreram na praia”. Esta, em específico, parecia estar indo pelo mesmo caminho: contava com pouco mais de 6 mil apoios e estava perdendo velocidade de crescimento.

Resolvi comprar a briga.



Uma causa importante

Existem grupos feministas no Brasil e no mundo que pregam abertamente a misandria. Inclusive justificam-na, usando o velho argumento de que a violência e o ódio são válidos quando configuram “reação do oprimido”.

O efeito prático desta normalização da misandria é a acelerada construção de uma sociedade caracterizada por leis discriminatórias, desigualdades no acesso a políticas públicas, diferenças de tratamento por parte do Judiciário e uma demoninzação que beira o linchamento público dos homens por parte da imprensa.



Eu na verdade já percebia uma tendência da sociedade brasileira neste sentido em 2015 e dois anos depois comecei a usar meus espaços na imprensa para falar disso, sendo alvo (na época) de muitos deboches.

A consciência sobre o crescimento da misandria era incipiente na época.

Hoje, ela é uma preocupação coletiva ampla, e que só cresce a cada dia.

Levar este debate ao Senado pode até não resultar na criação de uma lei – a força do estamento feminista é grande, sabemos – mas vai, pelo menos, acelerar o crescimento da nossa causa.



Estratégia de comunicação

Como eu havia deletado minha conta do Facebook (agora, estou restabelecendo-a), a plataforma inicial que utilizei para esta luta foi o Instagram.

Comecei gravando um vídeo curto, que joguei nos stories com o link da Ideia Legislativa. Nele, marquei absolutamente todos os perfis ligados aos Direitos dos Homens que eu conheço. Em seguida, saí marcando também amigos pessoais que sei serem simpáticos à causa.

Quando o story desapareceu, 24 horas depois, nós já havíamos avançado em mais de 1500 votos. Tirei um print da tela do site do Senado e publiquei um novo story com o link sobreposto à votação. Novamente, marquei todo mundo e pedi para que todos divulguem.

Deste então, assim que o story do dia anterior desaparece, publico um novo e repito o mesmo processo.



Viralização

Embora o meu alcance nas redes sociais seja bastante limitado, as pessoas e páginas que eu insisto em marcar foram, ao longo dos dias, progressivamente “abraçando” a campanha. Logo, os produtores de conteúdo marcados começaram a produzir peças próprias. A campanha começou a propagar-se de forma viral, e ganhou vida própria.

A primeira página a perceber a importância da medida foi a “Elas por Eles”, que no primeiro dia já fez um vídeo próprio explicando a importância do assunto. Depois, seguiram-se as demais.

Aliás, se você quiser apoiar a medida, entre no site, logue-se com uma conta Google ou Facebook, e vote!

Depois, saia falando dela para quem você puder.


Atualização (04/04/2023)

A ideia Legislativa anti-misandria passou de 20 mil apoios!


Pressão sobre o projeto de lei “contra a misoginia”

A Ideia Legislativa anti-misandria está correndo de forma paralela à apreciação, pelo Senado, do Projeto de Lei nº 896/2023, cujo objetivo “de face” é criminalizar a misoginia, enquadrando-a na mesma legislação que já abrange o racismo e a homofobia.

O problema desta proposta legislativa é que seu objetivo de verdade é criminalizar todo e qualquer movimento masculinista.

Seu alvo inicial são as páginas e canais de Red Pill, Oo seja, aqueles espaços nos quais os “gurus” da área alertam aos homens sobre as táticas usadas por algumas mulheres para obterem vantagens deles. Pinçando os piores momentos e as piores figuras do universo Red Pill, articulistas, jornalistas e influenciadores feministas vêm promovendo uma verdadeira cruzada para exterminar com todo este tipo de conteúdo.

O mais grave, porém, é que os defensores desta “lei anti misoginia” não diferenciam Red Pill de páginas de defesa dos direitos do homens. A nova legislação proposta servirá, portanto, para censurar qualquer um que insurja-se contra injustiças do aparato judicial, ou que fale sobre alienação parental, etc.

Será o “cala boca” perfeito para silenciar qualquer um que questione a pauta feminista em geral.

Existe uma consulta pública sobre o Projeto de Lei no site do Senado e nós, felizmente, estamos também conseguindo mobilizar votos nela.